domingo, 9 de julho de 2017

O Germinal sem desaparição.


Comentários acerca do livro Germinal - Emile Zola 


...enquanto há pão para comer, vai-se vivendo (p.8) 



Germinal é o livro que li nos últimos dias, um clássico das causas mais profundas do pensamento de esquerda. A história se passa no ano de 1865 tratando da situação dos trabalhadores mineiros no norte da França, considerado até hoje um reduto do PCF (Partido Comunista Francês). A vida dos mineiros era uma desgraça em que todos da família trabalhavam, mesmo as crianças com idade entre 8 e 9 anos, a necessidade do trabalho da família era condicional fundamental para que pudessem pensar em comer e ainda assim, nem sempre isto era possível viviam na miséria quase que completa, trabalhando debaixo da terra, adquirindo doenças ao longo de seus vidas e morrendo uma vez, que suas vidas não valiam absolutamente nada. 

O livro é super didático e em sala de aula pode ser usado em sociologia e história para retratar o inicio da organização dos trabalhadores contra a exploração e as formas de vida  onde os burgueses que possuíam (possuem) lucros avultados enquanto os trabalhadores morriam de fome. A degradação é vista nas duas classes, uma vez que os ricos fazem visitas com seus amigos aos pobres como se estivessem no "zoológico" um feitichismo com a pobreza e os pobres com tais visitas podem ver como vivem os ricos, como se vestem. 

Étienne Lantier é o personagem central que é um operador de máquinas e procura trabalho na mineradora.  Os professores de literatura também podem usar a leitura do livro para caracterizar o período naturalista do que faz parte Emile Zola, o romancista francês que morreu em 1902. Germinal é sua obra máxima que deu a estética naturalista o realismo e a crueza de uma realidade, que é chocante e muito bem retratada no livro bem como no filme. Realidade esta que ele conheceu de perto quando viveu por dois meses trabalhando em uma mina de carvão conhecendo a sua vida e a greve dos carvoeiros. 





Imagens do filme




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