terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Money Monster - o filme das teias mentirosas


Um filme simples, mas com mensagens e contradições importantes para compreender a financeirização atual. O filme conta a historia de um apresentador de TV chamado Lee Gates que faz dá dicas sobre os melhores investimentos, seu sucesso televisivo o torna uma referência. Entretanto, ele não tem a noção completa do mundo em que vive, de modo que ao indicar o investimento em uma empresa uma dos seus telespectadores acabar por perder todo o dinheiro. Vale lembrar que este telespectador é um trabalhador que será pai recebe 60 mil dólares de herança pela morte da mãe e diante da falta de perspectivas para a própria vida resolve investir o dinheiro confiando na popularidade do apresentador de TV.  

Ao invadir a rede televisiva em direto como um terrorista e ser visto pelo mundo todo ambos - atirador e apresentador - percebem que foram enganados e a queda dos investimentos se deu de forma proposital para que o dinheiro ficasse ao Dono do Capital,  que abre falência após investir em uma greve dos mineiros Africa do Sul propositadamente as ações que caem e ela fica com todo o dinheiro para si. Não é um filme com grande profundidade já que os interesse que percorrem Wall Street são bem maiores e perversos, todavia é possível ter alguma dimensão da teia de mentiras que nos inserimos com aplicação simples no banco. 







Vejam o trailer 




domingo, 18 de dezembro de 2016

O google e a homenagem ao Steve Biko


Steve Biko PRESENTE!!

"Racismo e capitalismo são faces da mesma moeda!" Biko 


Na data de nascimento deste grande lutador ele renasce por meio do monopólio virtual. Gostei de vê-lo homenageado, penso ser esta a primeira vez que vejo um  lutador negro de tamanha importância homenageado pela rede. 



Steve Biko nasceu em 1946 e morreu 1977, no auge da vida aos 30 anos após ser preso e torturado. Biko foi um  grande lutador contra Apartheid e mesmo no movimento ocidental foi um percursor no movimento Black is Beatiful que trouxe a tona a discussão acerca dos padrões estéticos onde o negro é sempre colocado como "feio" por meio da cor, do cabelo e de outros atributos físicos.  A circunstâncias brutais de sua morte tornou-o um mártir, sua morte foi noticiada internacionalmente , um grande homem, lutou primeiro por si mesmo, por seu povo, para que o negros não abaixassem perante às humilhações que sofriam. 

Uma homenagem 







A vida de Steve Biko - infelizmente sem legenda em português.





sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Meu amigo Nietzche


Sugestão de filme para as férias escolares...



O curta metragem, mostra de uma menina simples e divertida o cotidiano de um menino e a realidade do analfabetismo funcional no Brasil denunciando a desigualdade.



Em sala de aula ele também pode ser usado como reflexão dos processos de leitura, no caso da Escola Marajoara II (que atuo) abordaremos o lixão e o impacto de viver ali nos arredores. Bem como refletir sobre a impacto das obras e da leitura em nossas vidas. Os temais centrais são: Friedrich Nietzche; Karl Marx, Lixo e Reciclagem.




O curta metragem foi dirigido por  Fáuston da Silva

domingo, 11 de dezembro de 2016

Quadrinho didático descontrói a falácia da meritocracia


Retirado da página:

Os quadrinhos abaixo discutem a questão da meritocracia, tão difundida nesta sociedade individualizada que imputa a ideia que todos tem as as mesmas oportunidades e o que falta mesmo é uma esforço maior por parte daqueles que não conseguem alcançar o sucesso, os quadrinhos refletem de uma maneira diária e possível de ser utilizada em sala de aula. 














quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Literatura à margem

Literatura à Margem foi um evento promovido em Parceria SESLA e Serviço Educativo JACC com colaboração SDDH AAC. Uma conversa, debates, performances, leituras de poemas acerca do conceito de Margem na Literatura. 

Foi um dia em que me orgulhei de mim.

Trazer a vida e obra de Carolina Maria de Jesus foi uma honra, falar da escritora é sempre uma mecanismo das mulheres negras ir até o ponto fulcral das suas dores e por meio dos escritos de Carolina buscar forças para seguir e ultrapassar a si. Esta apresentação foi um pouco isto, deixo-a retratada como inspiração para os nossos alunos pequenos grandes lutadores. 
Ela já vinha gritando e ameaçando há anos, como forma de estar no mundo. Escrevia, entre outros motivos, para suportar o cotidiano que a tornava “nervosa”, especialmente quando a fome aumenta¬va... Escrevendo, afastava os problemas... Além disso, Carolina vislumbrava o fim de suas agruras num possível sucesso literário e pessoal: “Se estou escrevendo é porque tenho pretensões: quero comprar uma casinha” (2007, p. 58, grifos meus).




Citação retirada do texto:

AZEREDO, Sandra. A favela escrita de Carolina Maria de Jesus. Mental,  Barbacena ,  v. 6, n. 11, p. x, dez.  2008 .   Disponível em . acessos em  08  dez.  2016.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Sessão Final de simulação da Organização Internacional do Trabalho. Os trabalhadores são educados à negociação, mas vivenciam diariamente o confronto




Por Elaine Santos 
Este texto se refere a sessão final da simulação realizada pela Organização Internacional do Trabalho em conjunto com o Centro de Estudos Sociais/Universidade de Coimbra no dia 30 de Novembro de 2016. O intento deste escrito, apesar de tratar da análise de uma simulação, é ter sentido no mundo real, caso contrário não faria cabimento redigi-lo. E imprescindível afirmar, que, ao aludir “trabalhadores” neste texto, não trato dos trabalhadores do século XIX, falo da atualidade, das várias formas de trabalho em suas facetas de precariedade e reestruturação, que infelizmente não poderão ser minuciosamente aqui abordadas. Obviamente que o mundo do trabalho se alterou, todavia, os trabalhadores ainda existem, afirmo isso pela maneira inquisitória e ultrapassada como o conceito de classe é recebido, principalmente no mundo académico, este mundo patológico e produtivista.
Foram quase dois meses de reuniões e discussões entre estudantes que, caracterizados como trabalhadores, empregadores e governo, simularam o funcionamento tripartite da OIT, única organização internacional a funcionar nestes moldes. Com o objetivo de produzir um documento acerca do Futuro do Trabalho, antecipando os 100 anos da Organização que será em 2019, realizamos certames exitosos embasados em demandas importantes, com destaque para a iniquidade de gênero no mundo laboral e a permanência do trabalho escravo em mundo cada vez mais tecnológico. Os mais de 400 inscritos, essencialmente estudantes de várias nacionalidades cursando licenciatura ou mestrado, surpreendeu a Diretora da Faculdade de Economia, uma das faculdades que acolheu o evento. De fato, foi grande número de inscritos, algo que evidencia o quanto a temática do trabalho possui um caráter central e mobilizador.
Participar de tal evento e entender o funcionamento da Organização Internacional do Trabalho, foi uma experiência extremamente rica para alguém que, como eu, conhecia este órgão internacional, que nasceu pós Primeira Guerra, por meio da leitura dos livros didáticos do falhanço Ensino Médio Público Brasileiro. Ao longo destas semanas, foi notório o aumento da participação verbal e crítica dos alunos em seus correspondentes grupos, algo que no início das sessões não era visível. Porém, a simulação, apesar de nos trazer à consciência da importância do debate, também nos afastou um bocado da realidade. A meu ver, isto se deu em grande parte porque os quase 300 delegados que resistiram durante estas semanas, são estudantes, logo, não estão inseridos no mercado de trabalho. Desta feita em meio as contendas, prevaleceu a argumentação em torno da ideologia do desempenho, da competição bem-sucedida na dimensão econômica. Basta empreender e esforçar-se para conseguir vencer! Uma variável da “ideologia espontânea do capitalismo” que seleciona naturalmente quem são os classificados e os desclassificados sociais para ocupar os postos de trabalho existentes (Souza, 2009). Algo que na maioria das vezes, ao final do curso universitário, se deflagra na ausência de escolhas de trabalho, contratos precários ou desemprego. Ao menos no Comitê IV, que participei, as propostas do grupo dos trabalhadores foram sempre alteradas com emendas bastante tendenciosas por parte dos empregadores e muitas vezes o Estado e os Empregadores votaram em conjunto, como parceiros nos seus escopos, ou seja, uma simulação bastante realista neste aspecto.
Uma das resoluções sobre do Comitê 4 acerca do Futuro das relações laborais, ressaltou a promoção da defesa dos direitos laborais e da dignificação das condições de trabalho e combate a precariedade assegurando o diálogo social e a negociação. A Organização Internacional dos Trabalhadores prima pela negociação e o diálogo, tal como afirma um dos membros do Grupo dos Trabalhadores do Conselho de Administração da OIT.
OIT é uma organização tripartite – a única. Ela opera com base no consenso entre estados, organizações de empregadores e sindicatos de trabalhadores. Embora não haja um mecanismo de sanção, os relatórios, pareceres ou decisões emitidas por um dos órgãos dessa organização têm, do ponto de vista diplomático, enorme efeito como incentivo e/ou fator dissuasivo sobre os estados que infringem essas normas (Thibault, 2015).
É possível negociar quando o capital é incontrolável? Os trabalhadores são diariamente educados a negociar, a simulação também teve este caráter, entretanto vivemos diariamente o confronto e a instabilidade na defesa das poucas conquistas que obtivemos. Falar de democracia excluindo o forte papel ideológico é permitir que, em períodos de crise, os trabalhadores não consigam se organizar e as organizações que poderiam cumprir este papel também são engolidas. A consequência mais trágica para a classe trabalhadora foi que grande parte dos seus sindicatos não a representam, não são instrumentos de luta, de organização e de formação política. São estruturas burocráticas, formadoras de “pelegos” que se perpetuam no cargo e usam o sindicato como trampolim para galgar cargos políticos e esquecer completamente suas origens. Neste sentido um dos membros da OIT faz uma apreciação acertada visto que, com o aumento da precariedade, as forças políticas conservadoras se mobilizam para tornar a possibilidade de negociação e organização algo cada vez mais inócuo para os trabalhadores, que, clivados em enormes especificidades, dadas pelo próprio dinamismo fragmentador do capitalismo, retiram-lhes o telos de unificação classista. Ao fim e ao cabo, nos vemos nas nossas pequenezas dentro de um mundo desigual sem perceber que estamos todos no mesmo barco. Thibault (2015) afirma
Devemos reconhecer que o movimento sindical está em dificuldade. Não há um único país do mundo onde ele não esteja encolhendo. O movimento sindical está tendo dificuldade em encontrar formas de organizar os assalariados na atual configuração – a saber, de precariedade e mobilidade muito maiores. E em cima disso, há forças políticas que estão negando que a negociação social seja um fator na democracia (Thibault, 2015).
A imprevisibilidade relacionada ao horizonte do trabalhador é de tal ordem que não há política em nenhum país do mundo capaz de assegurar a equidade entre homens e mulheres, a sustentabilidade ambiental, de equalizar as disparidades entre mulheres brancas e negras, negras e indígenas, trabalhadores formais e terceirizados. NÃO HÁ! A precarização é um modo de ser e um processo, assim sendo, pode piorar nos próximos anos.
A conclusão desta última sessão é que não existe uma resposta pronta, não há uma verdade teórica que responda o nosso momento. Quem faz uso de uma teoria para dar uma resposta efetiva aos dilemas do mundo atual, certamente perdeu o sentido da história (Antunes, 2006). O fato é que ninguém, em todas as classificações que existem dentro da categoria trabalho, consegue planejar os próximos cinco anos de modo a pensar que estes serão espantosamente melhores, a exceção dos defensores das operações teóricas metafisicas - estes explicam tudo, dissociam produção de consumo e justificam as causas das desigualdades como leis naturais sempre existentes.
A esperança de alguma reação está nos jovens. São eles que mudam as sociedades, para melhor ou para pior. Porque crianças não sabem o que é política, e velhos, com raras exceções, não têm disposição para ir às ruas levar suas reivindicações e seu protesto. Quando falo em jovens estou pensando nos jovens que ocupam escolas, que denunciam suas condições de vida em todos os lugares do mundo, que vão às ruas e exigem alguma transformação. Tal como afirma o Prof. Boaventura (2016), temos que ir além “a democracia tem de existir, muito além do sistema político, no sistema econômico, nas relações familiares, raciais, sexuais, regionais, religiosas, de vizinhança, comunitárias”. Eu completaria, a simulação foi um sucesso dentro do pretendido. Posto isto, continuarei perguntando se vamos continuar tentando as reformas capitalistas sucessivas já realizadas em diversos países do mundo e todas fracassadas devido ao mesmo motivo: a impossibilidade histórica de conter, educar e controlar o capital dentro de limites socialmente justos, temporalmente urgentes e humanamente necessários ou se mudaremos nossas estratégias. E esta não é uma propaganda vazia, é um mergulho nas lutas sociais e também uma aversão quando só é possível fazer isto por meio de condecorações acadêmicas. Nós trabalhadores queremos viver melhor! Tal afirmação expressa a forma necessária e capaz de construirmos coletivamente uma nova vida, um novo mundo.
Referências
Antunes, Ricardo (Org.) Riqueza e miséria do Trabalho no Brasil. Coleção mundo do trabalho. São Paulo: Editora Boitempo, 2006.
Santos, Boaventura de S. A difícil democracia – reinventar as esquerdas. São Paulo: Editora Boitempo, 2016.
Souza, Jessé. A ralé do Brasil. Minas Gerais: Editora UFMG, 2009.
Thibault, Bernard. OIT é o único escudo para milhões de trabalhadores. Entrevista publicada aqui. Acesso em 19/11/2016
Texto publicado originalmente na página no dia 07/12/2016
http://www.ihu.unisinos.br/563143-sessao-final-de-simulacao-da-organizacao-internacional-do-trabalho-os-trabalhadores-sao-educados-a-negociacao-mas-vivenciam-diariamente-o-confronto

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A simulação da Organização Internacional do Trabalho e a descrença neste modelo de representação política.






Este texto é parte da primeira sessão da CIT[1] realizada no dia 20 de outubro de 2016 Esta iniciativa antecipa os 100 anos da Organização Internacional dos trabalhadores em 2019 a partir da apresentação do relatório “O futuro do trabalho” elaborado  por Guy Rider[2]. A simulação pretende colocar os estudantes, enquadrados no formato que é próprio da OIT - ou seja, do sistema tripartido, que reúne os representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores – a pensar o futuro do trabalho, através dos temas; do pleno emprego, novas tecnologias, novas formas de desigualdade, o futuro das relações de trabalho.
Este texto objetiva perceber o funcionamento da OIT e o tratamento dado pelos participantes da simulação a este órgão representativo. Como Presidente eleita para auxiliar na condução deste processo escreverei a cada sessão. Intentando recuperar à lucidez histórica desaparecida para aqueles que se mantem estancados em cargos de poder ou em salas de pesquisa.
A Faculdade de Economia de Coimbra em conjunto com o Centro de Estudos Sociais, foram pioneiros frente a este desafio de pensar o trabalho, centralidade da sociedade atual, transpondo às teorias daqueles que o colocava como algo a ser extinto e proclamando o “fim do trabalho”. No painel composto nesta sessão ouvimos vários atores importantes desta jornada, entre eles, José António Vieira da Silva, Ministro do Trabalho de Portugal que afirmou que este país vive um processo de mudanças em virtude da rutura na inserção económica, que modificou e acentuou as desigualdades. Finalizou dizendo que vivemos a mais profunda mudança desde a Revolução Industrial que alterou as relações sociais no que tange a tecnologia da automação e consumo. E resgatou a espantosa ideia do trabalho humano dispensável e sua substituição pela tecnologia[3].
Todos ressaltaram que o trabalho não pode ser mercadoria, entretanto, ninguém vislumbrou qualquer opinião acerca da superação desta condição inata do trabalho no capital. Reduziram-se ao protocolar, ideias provocadoras, mas que não servem aos trabalhadores sequer como bandeira de luta quiçá como análise do trabalho atual.
Vivemos tempos sombrios, entretanto, longe de fazer uma critica negativa, mas na busca do otimismo da vontade, já que é uma tarefa honrosa representar os trabalhadores, classe a qual pertenço, celebro hoje o total desprezo pela política representativa institucional como arma de mudança. Como socióloga brasileira e parte da geração de 80, àquela que nasceu do esgotamento do neoliberalismo e cresceu sob a égide do mercado de trabalho impossibilitada de vislumbrar o trabalho como hipótese de realização pessoal, sempre esperei muito pouco das Organizações Internacionais, visto que em 100 anos de OIT tivemos grandes mudanças sociais tecnológicas sob bases da superexploração nunca extintas. É fato também que muitas modificações sancionadas pela OIT e implementadas nos países, foram produto da luta dos trabalhadores, nunca uma oferta a esta classe heterogénea. Diferentemente do que coloca o Relatório (Rider, 2015, 17) quando afirma: “ser a sociedade reguladora da maneira de organização do trabalho através dos instrumentos legislativos, acordos celebrados e instituições” a sociedade não regula, sabe-se que as decisões mais importantes são tomadas por banqueiros, empresários e tecnocratas.
Ao contrário do que diz o relatório, os trabalhadores arrancaram seus direitos e estes sempre estão na esfera da taciturnidade, principalmente nos países salvaguardados na marginalidade da atual forma de imperialismo. Servos do sistema financeiro, estão subjugados aos ditames do atual sistema econômico, que, quando da sua queda da taxa de lucros, fundamenta e legitima a ideação dos “cortes necessários”.
Na Europa assistimos os “pós-graduados” em subempregos, na América Latina temos a sequencia histórica de golpes coroada por meio do retrocesso dos direitos que sequer alcançamos. Debilitados, precisamos recuperar os oxigênios e as respostas não estão prontas e não parecem advir de mais representatividade. Como presidente o que vi foi uma apatia por parte dos delegados representantes dos trabalhadores, jovens portugueses e de outras nacionalidades que vivem as múltiplas formas de informalidade e da falta de perspetivas. A falta de atuação dos jovens deste Comitê 4, me levou a observar uma descrença perante o estímulo para a simples reflexão e organização. Esta foi a primeira sessão, talvez o cenário mude com base no pessimismo da inteligência. Talvez seja a hora de pensar o mundo novamente, pois ao buscar mecanismos institucionais representativos para alterá-lo não encontramos nada que nos represente, a eterna batalha das ideias, como construir uma consciência de luta em um mundo do trabalho cada vez mais morfológico.  

Referências

HOBSBAWM, Eric J. (2000). Os Trabalhadores: estudos sobre a história do operariado. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

RIDER, Guy. (2015) O futuro do trabalho, iniciativa do centenário. Conferência Internacional do Trabalho, 104ª Sessão, 2015, Relatório I.

Esse texto foi originalmente publicado no dia 22 de novembro de 2016 na página:





[1] http://www.uc.pt/feuc/citcoimbra Consultado em 22/09/2016
[2] Diretor Geral da OIT
[3] Tal representante do governo esqueceu-se da impossibilidade desta ocorrência e por alguns instantes regressei à 1811, rememorei o movimento Ludista quando os trabalhadores eram contrários aos avanços tecnológicos por acreditarem que as máquinas os desempregava. Tal como afirma (Hobsbawn 2000, 24), os trabalhadores estavam preocupados com o desemprego e com o padrão de vida que viviam, em contrapartida ao aumento da produtividade trazida pela inserção do maquinário, bem como expansão do comércio e consequentemente do lucro para qual a tecnologia foi e sempre é empreendida.


domingo, 27 de novembro de 2016

Parada do velho novo - Brecht


Imagem O velho e o mar.


Eu estava sobre uma colina e vi o Velho se aproximando, mas ele vinha como se fosse o Novo.

Ele se arrastava em novas muletas, que ninguém antes havia visto, e exalava novos odores de putrefação, que ninguém antes havia cheirado. 

A pedra passou rolando como a mais nova invenção, e os gritos dos gorilas batendo no peito deveriam ser as novas composições.

Em toda parte viam-se túmulos abertos vazios, enquanto o Novo movia-se em direção à capital.

E em torno estavam aqueles que instilavam horror e gritavam: 

Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! E quem escutava, ouvia apenas os seus gritos, mas quem olhava, via pessoas que não gritavam.

Assim marchou o Velho, travestido de Novo, mas em cortejo triunfal levava consigo o Novo e o exibia como Velho.

O Novo ia preso em ferros e coberto de trapos; estes permitiam ver o vigor de seus membros.

E o cortejo movia-se na noite, mas o que viram como a luz da aurora era a luz de fogos no céu. E o grito: 

Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! seria ainda audível, não tivesse o trovão das armas sobrepujado tudo.



Mais poemas ....



sábado, 26 de novembro de 2016

Projeto Acima da Média e o jornal luso-brasileiro 2° Edição


Este projeto foi realizado no dia 26/11 com 10 crianças brasileiras e portuguesas discutindo o papel e a   influência dos meios de comunicação e da  média, mídia no português do Brasil. Cada criança se responsabilizou por escrever uma pequena noticia de jornal sobre algum assunto que lhes fosse relevante. Iniciamos o jornal luso-brasileiro com pequenas notas e comentários dos nossos jovens.


Escolas em Coimbra 
Por Maria Vitória e Ariana Simões


                        Alimentação


Nós achamos que a sopa da escola não sabe nada bem! Não tem sal e parece que só metem água. O peixe sabe muito mal, dependendo da escola. Normalmente a carne é melhor mas também não é lá grande coisa.

 Professores


Dependendo dos professores as aulas não prestam, mas tem alguns que fazem a aula ser divertida! Alguns também são super exigentes com a sua matéria transformando-a num aborrecimento. Muitos professores mandam demasiados trabalhos de casa, sendo que ás vezes a aula é logo no dia seguinte!!!!!

Recreio


O lado mau do recreio é que normalmente são muito curtos somente um é grande que é o recreio do almoço, mas pelo lado bom é que temos descanso entre algumas aulas!!


Nota 

                          Mas é isso em geral, a escola faz parte de NÓS, é a nossa 2ª casa!   






Diferenças de preços 

Por Miguel


Uma das diferenças entre esses dois países é o valor de roupas, ténis, eletrodomésticos, comida. A moeda também é diferente, em Portugal sendo a moeda o euro (€) e no Brasil o real (R$). O Euro é uma moeda muito valiosa porque muitos países da Europa utilizam essa moeda como: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia França, Grécia, República da Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Portugal, Letônia, Lituânia. Os produtos no Brasil são mais caros que em Portugal por exemplo: um ténis da Nike em Portugal no mínimo custa 60€ a 200€ dependendo do modelo.