quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Le suicide - Durkheim e o valor social da morte. (Aula 1)


A abreviação da existência, algumas ausências valem mais que outras.

Durkheim, nascido em França, 1858,  foi um dos grandes sociólogos que se esforçou para transformar a sociologia em uma ciência com rigor e método. Oriundo do positivismo Comteano, Durkheim acreditava que as analises sociais deveriam ser distanciadas e neutras, procurando preservar o objeto a ser analisado. O sociólogo não deve  distorcer os fatos por meios dos seus anseios e interesses individuais 

Debruçou-se profundamente acerca do tema "suicidio" utilizando a metodologia por si defendida, no intento de buscar as razões que levam as pessoas a tirar a própria vida, buscando aquilo que é comum (individualmente), mas também é coletivo. Para Durkheim o suicidio depende das leis sociais e não da vontade dos indivíduos e observou, por exemplo, que em cidades bastante arraigadas  pela fé que levará à salvação ou ao paraíso há um número maior de suicídios.  

Para Durkheim também a fragilidade dos laços sociais que ele denomina como solidariedade orgânica, que é aquela típica dos países capitalistas,  que devido a divisão social do trabalho, os laços se afrouxam nos deixa mais vulnerável ao suicídio. Segundo o autor, ter um cônjuge, por exemplo, pode ser um fator protetivo à morte, bem como filhos que são economicamente dependentes. 





Não ter o direito de jogar este dramático jogo do capital nos coloca em posição de limbo diariamente. Entretanto, o suicídio não tem a ver diretamente com a pobreza, sua causa não é econômica, mas é um fato social que sem mantêm constante de um ano para o outro. 

No mundo dos vencedores ser dominado "triste" ou "vice"  é como estar no mundo, sem  existir,  como retirar o sujeito de si mesmo, alguém que é indiferente, sua história é nula. Sendo assim, os indivíduos não suportam a dor da não existência, ainda que vivos, uma prova disto que os países considerados mais desenvolvidos tem altas taxas de suicídio.  Países mais felizes, têm maiores taxas de suicídio, como o Japão e a Suécia, segundo estudos.



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