Passou o fatídico dia dos
pais. Fatídico… porque, quando o pai já não está, é um dia que pesa. Um dia de
ausência. Um dia que lembra o que falta. E, ao mesmo tempo, a gente gosta de
ver os outros felizes com seus pais, em suas homenagens. Olhando a alegria deles, a gente sente, com mais clareza,
o vazio que ficou. A vida é isso, cheia dessas contradiçõees de sentimentos opostos...
Tenho aqui uma foto. Meu
pai e meu tio. Dois homens do ABC das fábricas. Pais com erros e acertos
tipicamente humanos. Ao longo das suas histórias, se afastaram, se encontraram,
se acovardaram. Sem embrutecer, se humanizaram.
Nós, que assistimos e
fomos criados por essas pessoas, conhecemos seus erros e acertos. Tentamos
aprender com eles. Agir diferente. Construir histórias diferentes. Mas, como
todos, nem sempre acertamos.
Olho para essa foto e
gosto dela. Tem cara de época. De gente de uma época. Um Brasil muito do ABC, abecedino,
como eu costumo dizer.
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