segunda-feira, 11 de agosto de 2025

dois homens e um tempo

 

Passou o fatídico dia dos pais. Fatídico… porque, quando o pai já não está, é um dia que pesa. Um dia de ausência. Um dia que lembra o que falta. E, ao mesmo tempo, a gente gosta de ver os outros felizes com seus pais, em suas homenagens. Olhando a alegria deles, a gente sente, com mais clareza, o vazio que ficou. A vida é isso, cheia dessas contradiçõees de sentimentos opostos...

Tenho aqui uma foto. Meu pai e meu tio. Dois homens do ABC das fábricas. Pais com erros e acertos tipicamente humanos. Ao longo das suas histórias, se afastaram, se encontraram, se acovardaram. Sem embrutecer, se humanizaram.

Nós, que assistimos e fomos criados por essas pessoas, conhecemos seus erros e acertos. Tentamos aprender com eles. Agir diferente. Construir histórias diferentes. Mas, como todos, nem sempre acertamos.

Olho para essa foto e gosto dela. Tem cara de época. De gente de uma época. Um Brasil muito do ABC, abecedino, como eu costumo dizer.









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