Este domingo ensolarado me fez lembrar de um livro do russo Máximo Gorki, talvez um dos que mais tenha me marcado, daqueles que indico sem medo aos alunos, com a certeza de que entenderão melhor a si mesmos e sua própria relação com suas famílias.
O livro "A mãe" é um livro revolucionário, que nos toca de uma maneira romântica e ingénua. Em 1907 descreve o momento vivido pela Rússia, a miséria dos trabalhadores, as injutiças grandiosas que ainda são capazes de se transformar-se no sonho de viver em um outro mundo. Pavel, o filho, nos inspira com suas reflexões singelas e repletas de galhardia e por trás dele acompanhamos a história do renascer de sua mãe, antes aflita, temerosa pelos caminhos do filho, por fim uma grande mulher capaz de apoio-lo nas lutas por mudança. A mãe é o livro deste domingo, por razões diversas talvez seja o livro que mais me importa agora porque me trás à consciência da necessidade de agir e continuar.
"Nós, gente do povo, sentimos tudo, mas não sabemos nos exprimir; temos vergonha, porque compreendemos, mas não sabemos dizer o que compreendemos. E muitas vezes, por causa desse embaraço, revoltamo-nos contra os nossos pensamentos. A vida bate-nos, tortura-nos de todas as maneiras e feitios, queremos descansar, mas os pensamentos não nos largam.”
ES
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