Demora na divulgação do resultado das eleições no Equador abala os ânimos dos eleitores do país e indica um cenário que já é comum na América Latina.
Desde domingo dia 19 de
fevereiro aguardamos com ansiedade o resultado das Eleições no Equador, fato
importantíssimo já que pode significar o fim dos ciclos de esquerda na América
Latina, tendo em vista que o segundo candidato mais votado tem como plano de
trabalho medidas declaradamente liberais e possui uma origem empresarial como
ex-presidente do Banco de Guayaquil.
Ao que tudo indica só
saberemos o resultado na quarta-feira dia 22, segundo os votos contados até
agora temos Lenín Moreno com 39,1% necessitando de 40% e uma diferença de 10%
do segundo candidato Guilherme Lasso para o não haja um segundo turno.
A demora cria um acirramento
bipolar no país, nos últimos dias o candidato Guilherme Lasso passou o dia a
escrever no Twitter que a população se mantenha vigilante que ocupe as ruas na da
democracia acusando o CNE (Comissão Nacional das Eleições) de fraude.
Tais circunstâncias já
indicam como o governo de Correa se desgastou nos últimos devido a
desaceleração econômica e baixa dos preços das commodities, caso o resultado divulgado indique a existência de um
segundo turno, a disputa será ainda mais aperta e até comprometedora para Lenín
Moreno, seus opositores defensores do neoliberalismo a sério já unificam suas
forças mobilizadores e todos os aparatos possíveis perspectivando o segundo
turno e uma guinada à direita. Os
projetos chamados progressistas vivem momentos críticos, perderam suas bases de
apoio e a capacidade económica de manter suas reformas que, são importantes, mas
pouco estratégicas para sua continuidade. Vivenciamos um momento confuso entre
as contradições que o capitalismo causa e aquelas que nos permite superá-lo.
Amanhã deveremos saber qual cenário se manterá, todavia, independente do eleito
sabemos que não devemos nos deixar hipnotizar pelo acontecimento imediato como
criador de mudanças. Tudo é um constitutivo histórico e global a depender da
crise no mundo a tarefa do novo presidente do Equador será árdua e deverá
resvalar, como sempre, nos mais explorados.
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