As discussões sociológicas que se fazem no mundo acadêmico numa linguagem acessível.
sexta-feira, 31 de março de 2017
Encontro de vizinhos em Madrid - Uma iniciativa para transformação.
Com base na ideia que somos também responsáveis pelo mundo que vivemos, amanhã em Vallecas (Madrid) se realiza o primeiro encontro de vizinhos é uma tentativa de reunir-se encontro grupo, coletivo que vivem juntos, entretanto pouco conversam sobre os problemas e as possibilidades de melhorar seu espaço.
É uma iniciativa importante....
domingo, 26 de março de 2017
Carne fraca, café com resíduos, o nome disso é capitalismo.
Após as últimas semanas conturbadas com o
escândalo da carne brasileira, que mostrava carne bovina sendo exportada e
vendida com prazo de validade vencido, mesclada com papelão e com adição de
produtos que mascaravam a qualidade da carne para colocá-la no mercado
sem a devida fiscalização.
De
acordo com a Associação de Comércio Exterior (AEB) a indústria brasileira produz
10 milhões de carne e exporta o equivalente a US$ 490,9 milhões por ano (dados
de 2016). A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) foi
criada em 1979 e reúne 29 das maiores empresas do setor no país. As mesmas
empresas que financiaram e financiam campanhas políticas o que lhes dá
privilégios para chafurdar qualquer regra ou fiscalização imposta. A Annfa (Sindicato Nacional dos auditores fiscais
federais agropecuários) declarou que muitas das indústrias agropecuárias no
Brasil possuem 3 turnos e isto dificulta a fiscalização.
O governo tentou lançar ofensiva para
reverter a questão económica que se encontrou abalada com tantos países a
colocar em xeque a compra da carne brasileira. Entretanto, não há muitas
pessoas discutindo seriamente os riscos para a população, afinal o que estamos
comendo? Como ter mais acesso a uma melhor alimentação?
Há indícios que agora o mercado “vegano”
deve crescer, mas a questão central é que nenhum produto está isento de
agrotóxicos, hormônios e no mais os produtos considerados biológicos não acessíveis
a maioria da população. Alimentação também possuí um carater de classe basta
ver aqueles lutadores que se empenham arduamente na luta “contra a exploração
animal” como causa central da democracia atual, claro que ninguém é a favor da
tortura animal, entretanto, estamos em sociedade emancipada? Talvez sim...e eu
perdi o processo revolucionário... porque me parece impossível assumir uma luta
deste naipe, enquanto há indivíduos que não comem ou comem carne estragada.
Inclusive quando a única diversão destes
indivíduos é comer, uma necessidade básica, quem conhece a cultura popular
brasileira sabe bem que após uma semana de trabalho, de 40 horas de trabalho (ou
mais) o único lazer do trabalhador brasileiro é o churrasco na laje com a
família e amigos. Não há teatro, concertos e cinema, há sim o churrasco e
eventualmente uma ida ao shopping (para aqueles que vivem em São Paulo, como
eu).
Apostar em uma via de alimentação mais
saudável como questão moral e anticientífico não é uma luta e sim uma postura
individual, uma vez que o capitalismo e o aumento constante da produtividade têm
um efeito nefasto na alimentação de todos, principalmente daqueles que mal
conseguem escolher o que comer. Esconder-se da realidade de forma clandestina é
o que faz a burguesia desde 1845 quando Engels já apontava para a vida
alimentar dos trabalhadores.
"Aos trabalhadores resta o que
repugna à classe proprietária. (...) Em geral, as batatas que adquire são de má
qualidade, os legumes estão murchos, o queijo envelhecido é mau, o toucinho é
rançoso e a carne é ressequida, magra, muitas vezes de animais doentes e até
mesmo já em decomposição. (...) A carne vendida aos operários é intragável;
porém, uma vez comprada, é consumida. (...) vende-se manteiga salgada como
manteiga fresca, cobrindo-a com uma camada de manteiga fresca ou colocando uma
libra de manteiga fresca para ser provada e, depois da prova, vendendo manteiga
salgada ou, ainda, retirando o sal pela lavagem e apresentando-a como fresca.
Ao açúcar, mistura-se farinha de arroz ou outros gêneros baratos, assim
vendidos a preços altos; até mesmo resíduos de sabão são misturados a outras
substâncias e vendidos no açúcar. Mistura-se chicória ou outros produtos de
baixo preço ao café moído; ao café não moído, dando-se-lhes forma de grão,
também se misturam outros artigos. Também é frequente misturar-se ao cacau uma
finíssima camada de terra escura que, banhada em gordura de carneiro, deixa-se
mesclar facilmente ao cacau verdadeiro. O chá vem misturado com folhas de
ameixeira e outros vegetais, ou então folhas de chá já servidas são
recuperadas, tostadas em alta temperatura sobre placas de cobre para que
retornem a cor e vendidas em seguida. A pimenta é adulterada com cascas de
nozes moídas etc. (...) E eu poderia citar mais uma dúzia delas - entre outras,
a prática infame de misturar gesso ou argila à farinha" (Friedrich Engels,
"A situação da classe trabalhadora na Inglaterra").
Filmes bons que tratam dessa questão
Food - que demonstra uma série de crianças que começam a ter problemas epidérmicos, após a a utilização de substâncias químicas em alimentos.
O Veneno está na mesa - Documentário que coloca em xeque a atual produção de alimentos.
quinta-feira, 23 de março de 2017
Cosmos e Annie Jump Cannon - uma mulher matemática.
A série Cosmos para mim é um distração, além de ser apresentado pelo astrofísico Dr. Neil deGrasse Tyson que foi um dos alunos de Carl Sagan que é genial em todos os sentidos, a série mostra de forma didática a Origem do Universo.
No oitavo episodio foi surpreendida por algo que adoro debater com meus alunos, a importância das mulheres nas ciências exatas, Tyson mostra a história de Annie Jump Cannon que estadunidense, nascida em 1863, acabou por perder a audição quando jovem algo que a fez ser ainda mais dedicada ao trabalho. Foi incentivada pela mãe a estudar matemática e nos Estados Unidos estudou física e astronomia, foi uma das poucas mulheres físicas no pais.
Integrou o grupo de Mulheres de Pickering (Harvard) que era um grupo de mulheres gerais contratadas por Charles Pickering, diretor do Observatório que computava dados astronómicos. Cannon desenvolver uma gradação das estrelas a partir da temperatura. Como as mulheres académicas do periodo ganhavam pouco Cannon foi uma das que encorajaram várias mulheres em áreas onde elas eram poucos vistas...e isto ainda permanece.
Por isto deixo este pequeno texto como contributo as alunas que se debruçam sobre as ciências "duras".
domingo, 19 de março de 2017
Paidéia - Pedagogia Libertária
Em uma exposição acerca das pedagogia libertárias encontrei uma cujo o titulo é mesmo do Blog, desconhecia, já que o título foi pensado a partir do conceito grego filosófico, entretanto, quando vi a imagem achei que fazia muito sentido com o objetivo do blog bem como o que acreditamos para a educação...uma educação que seja libertadora.
O site da Escuela Libre tem artigos muito bons para entender o sentido da educação na sociedade atual, veio a calhar!!
Para saber mais
sexta-feira, 10 de março de 2017
Moção de repúdio à medida provisória número 746 - Vai ter luta!
Moção de repúdio à medida provisória número 746
O Ministério da Educação, por meio da Medida Provisória nº 746, de 22 de setembro, alterou o Ensino Médio, parte da Educação Básica. Para legitimar tal medida e sensibilizar a sociedade quanto à urgência de mudanças, o MEC – assim como diversos setores do empresariado – tem se utilizado do discurso da falência desse nível de ensino, visto como incapaz de proporcionar aos estudantes deste início de século XXI uma aprendizagem significativa e interessante. Por trás do discurso da relevância, escondem-se muitos pontos obscuros desta proposta deplorável, antes de tudo, pelo caráter autoritário de que se reveste.
O texto institui uma política de fomento à implementação de escolas de Ensino Médio em tempo integral num contexto político em que se prevê o congelamento do orçamento para a educação. Além de não deixar claro de onde viriam esses recursos, a MP reserva este tipo de ensino a uma pequena parcela dos estudantes matriculados no Ensino Médio. Sabemos que a realidade das escolas do Brasil não comporta tais mudanças e que estas, aprovadas, servirão para que mais uma vez criemos bolsões de pobreza e exclusão. Hoje existem entre 7,5 e 8 milhões de jovens matriculados no Ensino Médio e tal proposta pretende oferecer ensino integral para 500 mil deles, o que por si só já configura um padrão seletivo de organização do ensino.
Sem os recursos financeiros adequados, nenhuma escola estadual terá condições de oferecer um Ensino Técnico de qualidade. Veremos, então, muitas delas se transformarem em espaços de formação de força de trabalho flexível (adaptada a diversas formas de trabalho simples) e mal paga, gerida pelo “setor produtivo”.
Nesse contexto econômico, social e político, a dualidade do ensino será reforçada, com escolas privadas emergindo, mais uma vez, como o lócus da preparação dos segmentos da população que exercem trabalho complexo e bem remunerado, enquanto a maior parte das escolas públicas formará trabalhadores manuais precarizados.
O ensino por áreas de conhecimento, se levado a sério, demandaria uma reestruturação do tempo e dos espaços escolares. Os professores necessitariam, por exemplo, de mais tempo da carga horária reservada ao planejamento das aulas em conjunto. Hoje, a realidade não é essa.
Muitos docentes, extenuados pelo alto número de turmas que possuem (muitas vezes em várias escolas), sequer têm tempo e oportunidade de planejarem suas aulas com os colegas de suas próprias disciplinas. Nenhum currículo por áreas do conhecimento ganha o sentido de unidade sem esse pré-requisito, que é o tempo para a sua elaboração em conjunto. Porém, mesmo no caso de um projeto sério de ensino por áreas do conhecimento (o que não é o caso), lidamos com dois problemas: (1) a imposição ao aluno de uma escolha precoce da carreira; (2) a não socialização plena dos conhecimentos historicamente produzidos e acumulados pela humanidade em todas as áreas.
Além disso, a medida provisória desconsidera o seguinte: os colégios materialmente incapacitados de oferecer as especializações nas cinco áreas explicitadas optarão por priorizar algumas em detrimento de outras. Os colégios vão se transformar em “escolas de ênfase” e a suposta liberdade de escolha dos alunos não se efetivará. Os jovens e adultos matriculados no Ensino Médio ficarão condicionados a “escolher” aqueles cursos oferecidos em colégios próximos às suas residências. A formação profissional poderia sobreviver a partir do “apadrinhamento” de certas escolas por segmentos do empresariado. A formação nas outras áreas – voltadas para a continuidade dos estudos nas universidades – estaria à mercê de institutos privados que ofereceriam profissionais (via organizações sociais), currículos e materiais didáticos com a promessa de levar os estudantes ao Ensino Superior. A autonomia curricular e didática dos docentes – hoje já bastante restrita – seria solapada de vez.
A Medida Provisória não deixa clara a intenção de induzir a transformação de TODAS as unidades escolares em escolas de MODALIDADE em tempo integral. Nesse sentido, a medida cria um grave problema, pois abre brechas de interpretação da lei ao propor a adequação da matriz disciplinar de outras modalidades de Ensino Médio com carga horária menor do que as escolas que oferecem ensino integral em período de manhã e tarde. Tal como escrito na Medida Provisória, a mudança pretendida para o Ensino Integral aparece como uma das propostas de reforma, ao invés de ser a única a que o texto efetivamente se refere. Tal reforma cuja formulação abre a possibilidade de escolhas de trajetórias de formação é inaplicável à matriz curricular do Ensino de Jovens e Adultos e ao Ensino Médio Regular, por exemplo. “Institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei nº 11.494 de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e dá outras providências.”
Há que se recordar que, em Educação, o ensino integral não significa necessariamente escola de tempo integral. De acordo com o Centro de referências em Educação integral, “A educação é por definição integral na medida em que deve atender a todas as dimensões do desenvolvimento humano e se dá como processo ao longo de toda a vida.” Portanto, para ser efetivamente exitosa, no sentido não apenas de atrair o interesse dos alunos, mas de contribuir para a sua formação plena, uma reforma no ensino não pode significar simplesmente a expansão da carga horária em sala de aula, visando somente à preparação técnica ou para entrada no ensino superior, como propõe a medida provisória. Um ensino de fato integral precisa articular em sua grade horária diversas possibilidades formativas simultâneas, conjugando atividades científicas, esportivas, artísticas, lúdicas e de debates. Nesse sentido, os alunos poderão ter acesso ao acúmulo de conhecimento produzido pela ciência, participar de diferentes práticas esportivas, experimentar música, teatro e dança e debater questões ligadas à sociedade em que vivem. Esse é o tipo de formação que os alunos demandam e no qual veem sentido, como ficou demonstrado nas pautas do movimento de ocupação das escolas por estudantes neste ano. A MP segue justamente o caminho contrário, tanto que ameaça a obrigatoriedade de disciplinas imprescindíveis para um ensino verdadeiramente integral, como Sociologia, Filosofia, Artes e Educação Física.
Outrossim, as escolas de tempo integral ora vigentes que conhecemos, as da rede estadual do Rio de Janeiro, já atendem ao estabelecido pela nova medida provisória. Em todas elas há o cuidado de afirmar que a conjugação de esforços em oferecer conhecimentos da Base Nacional Comum é integrada à oferta de algum curso técnico, ou ênfase em área de conhecimento de linguagens, matemática, ciências da natureza ou ciências humanas, de modo que a oferta de ensino técnico ou de áreas de ênfase de livre escolha não exclui a obrigatoriedade de cursar as disciplinas da base: Português, Literatura, Matemática, Biologia, Química, Física, Educação Física, Sociologia, Filosofia, História, Língua Estrangeira, Geografia e Artes. Tais disciplinas são consideradas essenciais e complementares para que o estudante de Ensino Médio seja capaz de compreender cientificamente e estar letrado nas exigências do mundo em que vive, sem as quais não sairá formado nem apto para a cidadania, nem habilitado para dar prosseguimento a estudos de nível superior, muito menos para o mercado de trabalho. A retirada sumária das disciplinas causará impactos em diferentes áreas, níveis de ensino, aumento do desemprego de inúmeros docentes que dedicam suas vidas a capacitarem-se para a carreira docente. Fora o prejuízo social e econômico na formação de toda uma geração de jovens que constituirão a sociedade do futuro.
Para além das questões didático-pedagógicas e curriculares, estudos em Sociologia da Educação atentam para o fato de que não se deve culpar a escola e os professores por todos os males da educação. As condições de trabalho nem sempre são favoráveis ao ensino, seja em função da realidade violenta da comunidade, seja em função da carência material de alunos que evadem visando inserirem-se logo no mercado de trabalho, ou ainda pela falta de envolvimento da família na situação escolar dos estudantes. A implementação de Ensino de Tempo integral em todas as escolas requer um volume de investimentos no sentido de garantir um salário que permita ao docente dedicação integral à escola, além de atender ao aumento da demanda por merenda escolar para jovens que permanecem o dia inteiro na escola. O Estado precisa manter programas como o Bolsa Família que garantem a formação escolar de jovens cujas famílias vivem em condições de vulnerabilidade social. Por fim, as escolas devem ser melhor equipadas e os professores necessitam de garantia de formação continuada para que possam constantemente se adaptar às exigências de prover um ensino atrativo aos jovens, evitando com isso a evasão e a reprovação escolar.
Defendemos a educação pública, gratuita e laica. Entendemos que a escola deve ser um espaço de aprendizado e de troca de saberes e experiências. Os estudantes do Ensino Médio têm o direito de ter acesso ao conhecimento que lhes permita conhecer a sociedade em que vivem em suas dimensões social, cultural, política e científica.
PARTICIPANTES DA PLENÁRIA FINAL DO 5º ENCONTRO ESTADUAL DE ENSINO DE SOCIOLOGIA – Rio de Janeiro, setembro de 2016.
quarta-feira, 8 de março de 2017
Maria José dos Santos Stein – Uma operária feminista
No dia 08 de Março relembro a história de uma grande mulher lutadora que inspirou e inspira muitas outras.
Maria José dos Santos Stein, minha tia, carrega
o nome de um hospital em Santo André (SP), conhecida por sua solidariedade
participava ativamente da política por meio da Juventude Operária Católica
juntamente com seu companheiro Elias Stein. Começou a trabalhar aos 14 anos em
uma tecelagem, quando teve contato com as dificuldades das mulheres, logo
ingressou na JOC (Juventude Operária e Católica) onde participava das reuniões
e confraternizações.
Nascida em Garça, chegou à Santo André
ainda menina, carregando consigo uma carga nada leve, a história de uma família
militante, Salvador dos Santos seu pai, que numa época dura, abrigava presos políticos
em sua casa. A vitalidade de Maria José foi levada a cabo nos desafios da luta
pela saúde pública sempre ligada ao movimento operário e de mulheres como liderança
da Fé-minina Movimento de Mulheres de
Santo André e Movimento de Saúde, relatou no livro As Operárias do ABC
Fui descobrindo porque eu era revoltada, o que
realmente a fabrica tinha tirado de mim. Tinha tirado a possibilidade de me
realizar. Mas que não era só. A minha descoberta foi a seguinte: que não era só
de mim que ela tinha tirado, mas que era de todos os meus companheiros e
companheiras (In GARCIA, IVETE, 2007, p.43).
Em conversa com sua filha Laura dos
Santos Stein, rememoramos essa data a partir da experiência de nossa família
que foi para nós uma inspiração. Diz ela que demorou a entender àquela mãe que
nunca estava em casa, mas que quando compreendeu sua ausência passou a ter
certeza que teve muita sorte nesse encontro familiar. Ainda me recordo da Tia Maria
me dando conselhos e mimos, aos domingos, quando íamos à sua casa.
Sua ausência familiar se dava a partir da
doação ao outro e a luta por um mundo melhor, o sonho de um SUS (Sistema único
de Saúde) humanizado para que as mulheres tivessem mais direitos, conversava
com as coletoras de papelão para que montassem uma cooperativa...tantas coisas,
tantas lutas. Relembramos...
Mesmo aos 60 anos e cansada, Maria José
saía cedo para pegar o ónibus para o trabalho e voltava tarde da noite, dizendo
“hoje teve reunião do fé-minina, hoje
teve orçamento participativo, hoje tem reunião da comissão da saúde” Ela subia
o morro, em todos os sentidos e nos carregou juntas. Nos 80 e 90 sua luta em
conjunto com outras mulheres por um sistema de saúde humanizado lhe concedeu a
homenagem de levar o nome do hospital, que, fundado em
agosto de 2008, Maria José não teve tempo para ver tamanha homenagem.
No seu velório, em 2005, apareceram todos
estes sentimentos plantados em cada uma das pessoas que teve contato com ela,
chegavam muitas coroas e a Prefeitura de Santo André disponibilizou uma
carrinha para levar tantas flores e homenagens recebidas. Apesar da vida, na
sua dialética que nos aproxima e nos distancia, o que sentimos hoje é a gratidão
por ter nascido em uma família que nos deu valores humanos tão raros e que também suscita nossa atuação nesse mundo carente de lutas e de lucidez.
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